terça-feira, 10 de setembro de 2013

QUEM SÃO OS CARAS: KOKO TAYLOR





Nome Verdadeiro: Cora Walton 
Nascimento: 28/09/1928 (Bartlett, Tennessee) 
Morte: 03/06/2009 (Chigaco) 

Conhecida mundialmente como a “Rainha do Blues”, Koko Taylor ganhou em seus quase 50 anos de carreira praticamente todos os prêmios mundiais de blues existentes, recebeu oito indicações ao grammy por seus discos e, em 1984, foi premiada com um grammy por seu disco Blues Explosion. Recebeu 28 Blues Music Awards – mais do que qualquer outro artista de blues do mundo – e em 1993 foi homenageada pela prefeitura de Chicago com o prêmio “Lenda do ano”, quando foi instituído oficialmente em Chicago o Koko Taylor Day (Dia da Koko Taylor). Em 1998, A Chicago Magazine a elegeu a “Personalidade de Chicago do Ano” e em 1999 Koko Taylor passou a integrar a Blues Foundation Hall of Fame. Como o Jornal The Boston Globe uma vez afirmou, “existem vários reis do blues, mas apenas uma rainha”.
Nascida de uma família muito pobre, em uma fazenda em Bartlet, nos arredores de Menphis (Tennessee), Cora Walton ganhou desde cedo o apelido de Koko, devido ao seu grande amor por chocolate. Órfã desde 11 anos de idade, Koko desenvolveu, junto com seus cinco irmãos, um grande amor pela música, especialmente pelo Gospel, que ouviam na igreja, e pelo blues, que ouviam no rádio. Apesar de ter sido encorajada pelo pai a apenas cantar música gospel, Koko e seus irmãos tocavam o blues com instrumentos improvisados em casa. E foi com dois de seus irmãos a acompanhando que ela iniciou sua carreira de cantora de blues. Bessie Smith e Menphis Minnie foram duas influências especiais para Koko neste período. 

Aos vinte anos, acompanhada de seu futuro marido, Robert “Pops” Taylor, Koko se mudou para Chicago em busca de trabalho, segundo ela, “com apenas trinta e cinco centavos no bolso e uma caixa de bolachas Ritz”. Lá chegando, Koko ganhava a vida como fachineira de algumas casas no subúrbio durante os dias da semana, e, durante os fins de semana e algumas noites, ia com “Pops” visitar os clubes de blues do sul e do oeste da cidade, onde ouviam cantores de blues como Muddy Waters, Howlin’ Wolf, Magic Sam, Little Walter, e Junior Wells. Logo estavam convivendo com estas lendas e Koko já fazia algumas participações cantando. Um dia, o onipresente baixista e compositor Willie Dixon a viu cantando e, impressionado com a sua voz rasgada e rouca e sua forma profundamente apaixonada de cantar, a levou para gravar pela USA Records e, posteriormente, para a Chess Records, a mais famosa gravadora de blues da história. Em 1966, Koko finalmente se estabeleceu como uma das maiores cantoras de blues com o silgle Wang Dang Doodle, música do próprio Dixon, já gravada cinco anos antes por Howlin’ Wolf. Este silgle, que contou com a participação de Little Walter na guitarra, foi o quarto lugar na lista dos R&B de 1966 e vendeu um milhão de cópias. Após o primeiro sucesso, Koko regravou outras músicas de Willie Dixon, sendo por ele mesmo produzida, mas sem nunca conseguir alcançar a mesma marca do sucesso anterior. Dixon produziu não só várias músicas de Koko, mas também dois albuns inteiros dela. 

Koko realizou longas turnê no final da década de 60 e início da de 70, na qual conquistou cada vez mais notoriedade, e fechou contrato com a gravadora Alligator Records em 1975, pela qual gravou nove discos, todos indicados ao grammy, sendo o último vencedor daquela premiação. Em sua longa carreira, Koko Taylor influenciou importantes nomes como Bonnie Raitt e Janis Joplin, gravou dezenas de discos, fez milhares de apresentações, participou de dois filmes no cinema (Blues Brothers 2000 e Wild at Heart), ganhou incontáveis prêmios, e se consagrou como a primeira e única “Rainha do Blues”. Sua última apresentação foi em sete de maio de 2009, no Blues Music Awards. No mesmo mês, dia 19, foi internada com complicações gastrointenstinais. No dia 03 de junho do mesmo ano, não resistiu e faleceu aos 80 anos, perto de completar 81. O blues sempre fez parte de sua música e de sua vida, desde os primórdios até o fim. Da mesma forma, sua vida e sua música sempre foram e sempre serão parte do blues e de sua história.

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