quarta-feira, 11 de setembro de 2013

BLUES VOCÊ NÃO PENSA, VOCÊ TOCA!


O bom de se estudar blues é que blues é uma música de muito sentimento, bem crua e honesta. Tocar blues bem não é fazer coisas mirabolantes no instrumento. Tocar blues bem é conseguir transmitir sentimentos intensos. Toda música e toda arte é assim também, mas o blues é tão simples e tão visceral que se você não se empenhar nesse sentido, fica transparente a sua falta.

Um blues bem tocado, tocado com emoção, é uma das músicas mais envolventes que existe. Um blues tocado sem emoção, com muita técnica, é a coisa mais chata que existe. Ninguém aguenta. Fica muito repetitivo e sem graça. Chato mesmo. 

O maior motivo de hoje em dia não existir muitos admiradores do blues é esse. A maioria dos guitarristas e gaitistas de blues não compreendem isso e acham que blues é uma música de três acordes, sendo uma harmonia fácil de improvisar e despejar um milhão de notas nos pobres ouvintes. Isso acabou levando a que muitos que tiveram contato com esse pseudo-blues acabassem por odiar o estilo, vez que nunca ouviram um blues de verdade.

John Lee Hoocker tem músicas de uma nota só que te deixam de queixo caído e completamente emocionado.

Assim, regra número um para se tocar blues:

"Blues você não pensa, você toca!"[1]


[1] citando o grande Otávio Rocha,  do Blues Etílicos, um dos melhores guitarristas de blues do país, extremamente intuitivo e dono de um estilo e fraseado próprio digno de um bluesman lendário, além de um timbre maravilhoso.

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